quarta-feira, 28 de agosto de 2013

QUEIMADA FILME (1969)- RESENHA



Elenco:

Marlon Brando (Sir William Walker)
Evaristo Márquez (Jose Dolores)
Norman Hill (Shelton)
Renato Salvatori (Teddy Sanchez)
Dana Ghia (Francesca)
Valeria Ferran Wanani (Guarina)
Giampiero Albertini (Henry)
Carlo Palmucci (Jack)
Thomas Lyons (General Prada)
Joseph P. Persaud (Juanito)
Alejandro Obregón (Major)

Direção: Gillo Pontecorvo.
Duração: 112 minutos.


Resenha

O filme é nomeado como Queimada, porque é o nome de uma que os português tiveram que queimar para vencer a resistência dos indígenas.
Guerra fria no auge, Estados Unidos atolados no Vietnã, rebeldia generalizada no meio universitário, ainda como ressaca do maio de 68 francês – tudo isso tornava vital o tipo de discussão sobre o colonialismo trazido pelo filme.
Queimada foi proibido pela censura brasileira, só sendo liberado anos depois, em 1980, quando o regime militar obrigou-se a adotar fachada mais civilizada.
O filme procura no passado fatos que possam, não digo explicar, mas pelo menos esclarecer o presente. No caso, ele toma uma ilha fictícia, nas Antilhas, como modelo de aplicação do processo colonial.
Em meados do Século XIX (ano de 1845), numa ilha do Caribe que tem o sugestivo nome de Queimada (aludindo a um sangrento episódio de seu passado), aonde os portugueses tiveram que queima-la para vencer a resistência dos indígenas.
Willian Walker (Marlon Brando) chega à Queimada com a missão de mudar a ordem do poder local, quebrar o monopólio português sobre a cana-de-açúcar para atender aos interesses da Coroa Inglesa. Enviado ao Novo Mundo em 1845 (Novo Mundo é um dos nomes dados ao hemisfério ocidental, mais especificamente ao continente americano. O termo tem as suas origens nos finais do século XV aquando da descoberta da América por Cristóvão Colombo) ele tenta persuadir a população de escravos a ideia de uma revolução contra os colonizadores portugueses. Ele vai para a Ilha de Queimada, um importante produtor de cana-de-açúcar, onde ocorre uma tentativa de rebelião dos escravos negros. Seu intuito é contatar o líder e oferecer o apoio inglês , encontra então a figura ideal de um líder para construir e moldar, o então estivador José Dolores (Evaristo Marquez), a quem incita inclusive a roubar um banco para, segundo o mesmo agente, financiar a rebelião, o que, contudo, não era verdade, pois se tratava de mera armação encenada .

QUASE FINISH DA HISTORY

Depois de um certo tempo Walker volta para depor quem está no poder pois o momento econômico exige um novo quadro político na região. Quando Walker desembarca no Porto houve uma voz parecida com a de José de Dolores (depois de conduzir a paralização da máquina administrativa e econômica da ilha, Walker e classe dominante o derruba, depois disso José morre), logo Walker estava tendo uma ilusão, e no lugar de José, era um ladrão, e o END OF HISTORY (fim da história), você saberá e terá uma melhor compreensão do mesmo assistindo ao filme.
Que pode ser encontrado neste link: http://thepiratebay.sx/torrent/4094740
Só é necessário ter um gereciador de torrent como o Utorrent ou Bittorrent :)




Nota: O hemisfério ocidental ou hemisfério oeste engloba todas as regiões situadas a oeste da longitude 0°, ou Meridiano de Greenwich.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Maria Quitéria - Exemplo de Luta


Maria Quitéria de Jesus, a mulher-soldado, nasceu em São José de Itapororocas, no ano de 1797, na antiga Província da Bahia. Em 1822, sob o ideal de liberdade, o Recôncavo Baiano lutava contra o dominador português que se negava a reconhecer a Independência do Brasil. Nesse clima, surge a figura de Maria Quitéria. A necessidade de efetivos fez com que a Junta Conciliadora de Defesa, sediada em Cachoeira-BA, conclamasse os habitantes da região a se alistarem para combater os portugueses. Maria Quitéria, uma humilde sertaneja baiana, atendeu ao chamado, motivada pelos ideais de liberdade que envolviam seus conterrâneos. Ante a posição contrária do pai, foge de casa e, com o uniforme de um cunhado, incorpora-se inicialmente ao Corpo de Artilharia e, posteriormente, ao de Caçadores, com nome de Soldado Medeiros. O seu batismo de fogo ocorre em combate na foz do rio Paraguaçu, ocasião em que ficam evidenciados seu heroísmo invulgar e sua real identidade. Em fins de 1822, a intrépida baiana, já com saiote tipo "highlander escocês" sobre o uniforme militar, incorpora-se ao Batalhão dos Voluntários de D. Pedro I, tornando-se, desse modo, oficialmente, a primeira mulher a assentar praça numa unidade militar, em terras brasileiras. De armas na mão, participando de combates como o da Pituba e o de Itapuã, torna-se merecedora das mais honrosas citações de bravura, valor e intrepidez, passando a constituir-se em referência do heroísmo da mulher brasileira. Finda a campanha baiana, Maria Quitéria embarca para o Rio de Janeiro. A sua presença na Corte é cercada de muito respeito, em face da fama de sua coragem e da grande curiosidade decorrente das características de seu uniforme, por demais ousado para a época. No dia 20 de agosto de 1823, D. Pedro I confere à gloriosa guerreira a honra de recebê-la em audiência especial. Sabedor da bravura e da maneira correta com que sempre se portara entre a soldadesca, num gesto de profunda admiração, concede-lhe o soldo de "Alferes de linha" e a condecoração de "Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro", em reconhecimento à bravura e à coragem com que lutara contra os inimigos da Pátria. Maria Quitéria, no entanto, não se deixou levar pela vaidade e pelo fulgor da glória que conquistara. Depois de encerrada a guerra, a heroína recolheu-se ao silêncio do lar, falecendo no dia 21 de agosto de 1853, num "doloroso anonimato". No ano do centenário do falecimento da valorosa mulher-soldado, o então Ministro da Guerra determinou, por intermédio do Aviso Nº 408, de 11 de maio de 1953, que em todos os estabelecimentos, repartições e unidades do Exército, fosse inaugurado, no dia 21 de agosto de 1953, o retrato da insigne patriota. Finalmente, em 28 de junho de 1996, Maria Quitéria de Jesus, por decreto do Presidente da República, passou a ser reconhecida como Patrono do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro.

Consolidação da Independência

Aula dia 30/07

"Nem as margens ouviram"




             O grito do Ipiranga, ocorrido na data de 7 de Setembro de 1822, não teve praticamente nenhuma repercussão, por isso o título "Nem as margens ouviram". A única publicação relatando este momento foi no jornal O Espelho que exaltou "o grito acorde de todos os brasileiros". Sendo que na verdade a Independência estava um pouco distante de chegar.

        Três séculos depois do descobrimento do Brasil, o mesmo só tinha 5 (cinco regiões distintas), que compartilhavam a mesma língua e mesma religião.








segunda-feira, 19 de agosto de 2013

MOVIMENTOS PRÓ-INDEPENDENCIA

INCONFIDÊNCIA MINEIRA



O que foi

A Conjuração Mineira, também conhecida como Inconfidência Mineira, foi um movimento de caráter separatista, ocorrido em Minas Gerais no ano de 1789, cujo principal objetivo era libertar o Brasil do domínio português. O lema da Conjuração Mineira era “Liberdade, ainda que tardia”.

Principais integrantes da Conjuração Mineira (inconfidentes):

- Tiradentes (Joaquim José da Silva Xavier) – alferes, minerador e tropeiro
- Claudio Manuel da Costa – poeta
- Inácio José de Alvarenga Peixoto – advogado
- Tomás Antônio Gonzaga – poeta
- Francisco de Paula Freire de Andrade – coronel
- Carlos Correia – padre
- Oliveira Rolim – padre
- Francisco Antônio de Oliveira Lopes - coronel

Principais causas:

- Exploração política e econômica exercida por Portugal sobre sua principal colônia, o Brasil;

- Derrama: caso uma região não conseguisse pagar 1500 quilos de ouro para Portugal, soldados entravam nas casas das pessoas para pegar bens até completar o valor devido;

- A proibição da instalação de manufaturas no Brasil.

Objetivos principais:

- Obter a independência do Brasil em relação a Portugal;

- Implantar uma República no Brasil;

- Liberar e favorecer a implantação de manufaturas no Brasil;

- Criação de uma universidade pública na cidade de Vila Rica.

A Questão da Escravidão

Não havia consenso com relação à libertação dos escravos. Alguns inconfidentes, entre eles Tiradentes, eram favoráveis à abolição da escravidão, enquanto outros eram contrários e queriam a independência sem transformações sociais de grande impacto.

O fim da Conjuração Mineira

O movimento foi delatado por Joaquim Silvério dos Reis ao governador da província, em troca do perdão de suas dívidas com o governo. Os inconfidentes foram presos e condenados. Enquanto Tiradentes foi enforcado e teve seu corpo esquartejado, os outros foram exilados na África.






CONJURAÇÃO BAIANA



Cipriano Barata defensor da Conjuração BaianaUm importante movimento emancipacionista foi a Conjuração Baiana ou dos Alfaiates (1796), na qual a influência da Loja Maçônica “Cavaleiros da Luz” fornecia o sentido intelectualizado do movimento. Os seus líderes, Cipriano Barata, Francisco Muniz Barreto, Pe. Agostinho Gomes e tenente Hermógenses de Aguiar, contavam, no entanto, com uma boa participação de elementos provenientes das camadas populares, como os alfaiates João de Deus e Manuel Faustino dos Santos Lira ou os soldados Lucas Dantas e Luís Gonzaga das Virgens.

O liberal Cipriano Barata, médico da cidade de Salvador, foi um dos grandes defensores dos ideais separatistas e republicanos no Brasil, sofrendo constantes perseguições por parte das autoridades.

Este movimento apresenta um elemento que o diferencia dos demais, ocorridos na época: o seu caráter social mais popular, propugnando pela igualdade racial e contando com uma grande participação de mulatos e negros. Em 1799, no entanto, após devassa, os principais representantes das camadas mais simples foram enforcados, tendo sido os intelectuais absolvidos.


INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - SÍNTESE




História da Independência do Brasil

A Independência do Brasil ocorreu em 7 de setembro de 1822. A partir desta data o Brasil deixou de ser uma colônia de Portugal. A proclamação foi feita por D. Pedro I as margens do riacho do Ipiranga em São Paulo.

Causas:

- Vontade de grande parte da elite política brasileira em conquistar a autonomia política;

- Desgaste do sistema de controle econômico, com restrições e altos impostos, exercido pela Coroa Portuguesa no Brasil;

- Tentativa da Coroa Portuguesa em recolonizar o Brasil.

Dia do Fico

- D. Pedro não acatou as determinações feitas pela Coroa Portuguesa que exigia seu retorno para Portugal. Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro negou ao chamado e afirmou que ficaria no Brasil.

Medidas pré independência:

Logo após o Dia do Fico, D. Pedro I tomou várias medidas com o objetivo de preparar o país para o processo de independência:

- Organização a Marinha de Guerra

- Convocou uma Assembleia Constituinte;

- Determinou o retornou das tropas portuguesas;

- Exigiu que todas as medidas tomadas pela Coroa Portuguesa deveriam, antes de entrar em vigor no Brasil, ter a aprovação de D. Pedro.

- Visitou São Paulo e Minas Gerais para acalmar os ânimos, principalmente entre a população, que estavam exaltados em várias regiões.

A Proclamação da Independência

Ao viajar de Santos para São Paulo, D. Pedro recebeu uma carta da Coroa Portuguesa que exigia seu retorno imediato para Portugal e anulava a Constituinte. Diante desta situação, D. Pedro deu seu famoso grito, as margens do riacho Ipiranga: “Independência ou Morte!”

Pós Independência

- D. Pedro I foi coroado imperador do Brasil em dezembro de 1822;

- Portugal reconheceu a independência, exigindo uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas;

- Em algumas regiões do Brasil, principalmente no Nordeste, ocorreram revoltas, comandadas por portugueses, contrárias à independência do Brasil. Estas manifestações foram duramente reprimidas pelas tropas imperiais.

Referências: http://www.historiadobrasil.net/independencia/

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Aula dia 16/07

1808 e seus significados.

O dia em que Portugal fugiu para o Brasil.
Lilia Moritz Schwarcz

"O dia em que Portugal fugiu para o Brasil", retrata a transferência de uma casa real européia, a bordo de 15 navios, para o continente americano.





 Muitos historiadores acreditam que eles já tinham uma ideia formada na cabeça em relação a vim para o Brasil, e que foi proposital, resumindo, para alguns historiadores já era algo tramado pelos europeus, no texto que mostraremos a seguir tem explicando melhor isto.
Porém em relatos do texto, vemos que eles já tinham essa ideia de vim para o Brasil, porém quando tudo ocorreu foi mera coincidência do momento, pois eles sabiam que a tropa de Napoleão já estava próxima. Eles fugiram deixando vários objetos para traz e tumultuados, pois a tropa de Napoleão já estava perto, e eles pretendiam salvar suas vidas.

"gravando ainda mais a situação, famílias de camponeses, assustadas com as notícias de que os franceses estariam se aproximando, haviam abandonado tudo – “o trigo nos celeiros, o milho um nas eiras, outro nas terras, a fruta nas árvores, a uva nas vinhas, os gados dispersos (...) e cheias de aflição se refugiaram na capital, onde se acham receando não terem com que subsistir. Mas neste caso o remédio é recorrer aos amigos; estes são os Santos, e mais que todos o Santo dos Santos, Jesus Cristo. (...)" 



A Única Saída
"Marieta Pinheiro de Carvalho"


Transplantar o rei de Portugal para o Brasil e fundar aqui um “poderoso império” foi um plano cogitado em momentos de instabilidade política do governo português. Pelo menos uma vez em cada século, desde o Descobrimento, tal hipótese foi imaginada.

No fim de 1807 o que se viu foi uma fuga, uma fuga em massa de nobres que se apinharam no porto em busca de lugares nas naus que rumariam para o Brasil. Vários erros ocorreram durante a pós viagem, pois muitos pertences de quem estava na embarcação ficaram para trás, pertences de que não estavam nos navios foram neles, parentes ficaram separados, perdidos.

No que é falado no texto  ("O dia em que Portugal fugiu para o Brasil") se ressalta aqui, aonde muitos historiadores do séc. XX não acreditavam que essa fuga foi algo improvisado...


"Mas a impressão de retirada covarde e atabalhoada não se justifica. Historiadores do século XX demonstram que a transferência da Corte não foi nada improvisada. (...)"

E então, improvisada ou não?
Isto fica a critério do discernimento que cada um terá em relação a essa parte do 1808.



 Em solo baiano
 "Eduardo Borges"


Neste texto na revista de história mostra, a chegada dos portugueses ao Brasil, na cidade de Salvador, sua trajetória era para o Rio de Janeiro porém foi desviado...


"Em 9 de janeiro, uma forte tempestade fez a armada se dispersar, e embora algumas naus lograssem chegar à costa fluminense, a que levava o príncipe aportou na mesma região brasileira onde Pedro Álvares Cabral dera início à colonização, 308 anos antes: a Bahia. Mais precisamente sua capital, São Salvador da Bahia de Todos os Santos. (..)" 




O outro lado de 1808
     Guilherme Martins Costa e Marina Lemle


           Rio de Janeiro em 1808, as condições urbanas da cidade e de vida da sua população eram extremamente precárias, e com o aumento repentino das demandas, as carências ficaram mais evidentes: faltava água, comida e moradia.

          Não havia sistema de esgotos. Os restos da casa, do banheiro à cozinha, eram jogados na praia para que as marés lavassem, e tudo era transportado em tonéis em ombros escravos. As ruas eram escuras e perigosas. A água potável era escassa e o abastecimento de alimentos era deficitário, principalmente o de carnes, cujo consumo era um luxo só presente em poucas ocasiões festivas no ano.

          Com a vinda da corte, houve um rápido aumento de escravos, antes eram 9.602 cativos para 18.677. Os negros eram cerca de 3/4 da população. O que fez com que as ruas do Rio de Janeiro ficassem cheia de negros, escravos ou livres.

          Os escravos nessa época se alimentavam basicamente de farinha, feijão e charque, que eram os alimentos que seus senhores disponibilizava para os seus escravos. “Para eles (os escravos) a refeição era um ritual, e este separava homens e mulheres, que comiam alimentos diferentes.

          Nas ruas, em tendas armadas com ponto fixo em esquinas e praças, negras autorizadas pelo governo vendiam quitutes e refrescos, e outras especiarias.


Debret - Negra vendedora de caju.


            Muitos escravos trabalhavam na alfândega, carregavam produtos ou os seus senhores, vendiam quitutes, produziam e consertavam sapatos, trabalhavam em pedrarias e fábricas ou ainda exerciam atividades especializadas, como carpinteiros, metalúrgicos, barbeiros-cirurgiões.




Debret - Escravos carregadores.

           Muitos escravos não moravam nas residências dos seus senhores, mas em casas próximas ao centro da cidade, quartos alugados ou sublocados, cortiços e até mesmo quilombos. “Isso permitia que refizessem seus laços de afeto e familiares que haviam sido dissipados pelo escravismo.

          A vida para os escravos era muito difícil, pois muitos eram proibidos pela polícia de realizar jogos.

          A igreja "Católica" tinha muita influência e poder sobre as pessoas nessa época, pois a igreja obrigava as pessoas a seguirem essa religião, se não seguisse era decretada a prisão, e se seguissem outra religião, teria que fazer escondido. E todos teriam que se confessar ao menos uma vez por ano, se não o fizessem, o nome da pessoa era escrito em uma lista negra e podia ser preso. Mesmo com toda essa repressão religiosa os curandeiros não deixavam de praticar as sua atividades, pois ajudavam muito, as pessoas com um rendimento salarial baixo, pois as mesmas não tinham condições de pagar médicos.

           O conhecimento e a prática dos curadeiros eram formalmente desvalorizados, porém a população acreditavam nos seus curadeiros.



fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/o-dia-em-que-portugal-fugiu-para-o-brasil
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/a-unica-saida
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/em-solo-baiano
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/reportagem/o-outro-lado-de-1808





quinta-feira, 11 de julho de 2013

"A vizinhança em ebulição" - Mäder


*Independência - conquistas " na ponta a espada"

- Contexto: Ideias iluministas (Espanha e Colônia)
Guerras Napoleônicas -- Monarca da Dinastia

BoBon implementa reformas políticas e administrativas --> Objetivava recuperar a prosperidade econômica e a supremacia política da Espanha.

- Descontentamento da elite colonial criola
- Debate: soberania/ representação política/ ideia de nação/

Nova Contistuição à Monarquia (Reformas)

-A constituição de Cádiz (Espanha) - participação de deputados do "Novo Mundo" -- ares liberais
-Abolição das instituições senhoriais, inquisição, tributos forçados (mita)
-restrição ao poder do rei -- Cortes com poder de decisão final
-Direito ao voto/ homens exceto de ascendência africana - sem exigência de alfabetização.
Tais medidas não foram suficientes para conter as guerras civis desenrroladas desde 1810, haja vista as de
divisões entre as elites, as antipatias regionais e tensões sociais.


II UNIDADE - Independência Latino Americana

Aula referente ao dia: 25/06/13

INDEPENDÊNCIA LATINO AMERICANA (RESUMO)

* Contexto Internacional
- Liberalismo/ burguesia/ capitalistas - Imperialismo Francês na Europa

*As guerras Napoleônicas (França x Inglaterra)
- Bloqueio continental, 1806

-Crise política na espanha
-Transferência da família real portuguesa para o Brasil.

-Derrota de Napoleão, 1915
-Brasil, reino unido à Portugal e Algavre

-Impactos provocados pela chegada da Familia Real Portuguesa ao Brasil
-Fim do monopólio/ tratado de 1810 (Favoreceu a Inglaterra) --> Fim da velha política mercantilista/ colonização

Burocracia Estatal:
-imprensa
-bancos
-universidades

-Possibilidade de criação de fábricas (Legislação)

*Revoluções/ Movimentos Pró-Independência

Exemplos:

Emboabas (1708)
A guerra dos mascates (1710)
A inconfidência mineira (1789)
Conjuração dos Alfaiates (1798)

Mais sobre movimentos Pró-Independência --> http://www.pitoresco.com/historia/rocha07b.htm



quarta-feira, 12 de junho de 2013

REVOLUÇÃO FRANCESA


Contexto Histórico: A França no século XVIII 
A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza.
A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à morte.













A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava o clero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já dissemos, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior era a condição de vida dos desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas.
A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho.

A Revolução Francesa (14/07/1789)

A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.
O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade ", pois ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês.
Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.
No mês de  agosto de 1789, a Assembleia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo.

Girondinos e Jacobinos
Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por outro lado, os jacobinosrepresentavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres.

A Fase do Terror 
 Maximilien de Robespierre: defesa de mudanças radicais

Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados a morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época.

A burguesia no poder
Napoleão Bonaparte: implantação do governo burguês 

Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês. Napoleão assume o cargo de primeiro-cônsul da França, instaurando uma ditadura.

Conclusão
A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalistaforam estabelecidas durante a revolução. Os ideais políticos (principalmente iluministas) presentes na França antes da Revolução Francesa também influenciaram a independência  de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.

INTRODUÇÃO À REVOLUÇÃO AMERICANA

Aula: 04/06/2013
Parte da grande revolução que mudou os destinos da civilização ocidental no final do século XVIII, a guerra da independência dos Estados Unidos (revolução americana) abriu uma nova era na história da humanidade. E o país surgido desse movimento libertário tornou-se modelo e inspiração para as colônias ibero-americanas em seu desejo de emancipação das potências colonizadoras.

 Origens: Dá-se o nome de revolução americana à luta das colônias estabelecidas na América do Norte, para se tornar independentes da Grã-Bretanha. Vitoriosas, as colônias passaram a constituir uma república independente, estabelecida com base em princípios democráticos que, pela primeira vez, ganhavam forma estatal. Iniciada em 1607, a emigração inglesa para a América do Norte deu origem à formação de colônias, que em 1732 já eram 13. Entre as causas que concorreram para a guerra de independência (de 1775 a 1781) figura o abandono em que estas se encontravam. Os colonos tinham, por isso, que resolver sozinhos seus problemas, o que lhes dava uma posição de autonomia em relação ao governo metropolitano. Além disso, os ingleses não estavam bem a par das condições das colônias e, preocupados com os próprios problemas, não lhes dedicavam muita atenção.


Referência: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/revolucao-americana.html

quarta-feira, 29 de maio de 2013

A Revolução Industrial segundo Eric Hobsbawm

Para o historiador Eric Hobsbawm a Revolução Industrial ainda não teve o seu desfecho, pois ainda prossegue nos dias atuais. E a Grã- Bretanha não teve o pioneirismo na Revolução devido aos seus avanços científicos ou tecnológicos, pois outros países europeus encontravam-se afronte da Grã – Bretanha neste quesito. O que fez então com que a Grã – Bretanha detivesse o pioneirismo da Revolução? Para o historiador isto é simples de analisar, pois as condições pré-existentes para o surgimento dela já se encontravam presente na Grã-Bretanha um século antes de outros países, para darmos exemplo, é muito duvidoso que em 1750 ainda existisse um campesionato dono de terras em grandes partes da Inglaterra e é seguro que não podemos falar de uma agricultura de subsistência.

O país já dispunha de capitais e homens dispostos a investir no progresso econômico, além de possuir um setor manufatureiro e comércio bastante desenvolvido, transporte e comunicação eram bastante baratos e os problemas tecnológicos do começo da Revolução eram bastante simples necessitando apenas de homens com escolaridade comum e alguma familiaridade com dispositivos mecânicos simples. Fazendo com que as barreiras fossem de fácil superação. Mas o estopim para a Revolução Industrial foi a expansão dos mercados consumidores, senão realmente a criação destes visto que é o mercado que define aquilo que um homem de negócios produzirá. Essa expansão de mercados se deu através do mercado interno ou mercado externo além do governo.

O mercado interno por maior que fosse não significa um grande escoadouro para produtos industrializados. A diferença está não somente no aumento da população, mas principalmente no poder de compra desta na primeira metade do século XVIII. É provável que a renda inglesa tenha aumentado, as pessoas estavam em melhores condições de vida e podiam comprar mais; a crescente procura de alimentos e combustível fez com que investimentos fossem realizados em transportes, facilitando e barateando o transporte de produtos. Além do que o mercado interno com um maior poder de compra acabou por torna-se um grande escoadouro para produtos que mais tarde se tornariam em bens de capital como carvão vegetal que cresceu com o aumento das lareiras urbanas. O mercado interno tinha como principal vantagem o seu tamanho e consistência protegendo o país contra as oscilações do mercado externo.

O mercado externo desenvolveu-se em grande parte devido à grande marinha inglesa que com o aval do governo realizavam a destruição dos concorrentes além da conquista de novos mercados consumidores, fazendo desenvolver um comércio internacional onde a Grã-Bretanha exportava produtos industrializados e importava matérias-primas e alimentos. Desenvolvendo uma relação de interdependência de outros países com a Grã-Bretanha.

No início de sua produção industrial a Grã-Bretanha destacou-se na produção da indústria têxtil sendo esta o seu maior expoente, principalmente a indústria algodoeira que foi criada e alimentada pelo comércio colonial. As Índias Ocidentais forneciam os insumos para a indústria britânica e recebiam em troca tecidos de algodão com preços acima do mercado. Entre 1750 e 1769, a exportação de tecidos da Grã-Bretanha para o mundo aumentou mais de dez vezes. Por volta de 1840 as áreas consideradas “subdesenvolvidas” representavam o maior mercado consumidor para a exportação de tecidos de algodão, destacando-se a América Latina e as Índias Orientais. O algodão foi, portanto o combustível para que empresários e investidores se lançassem na Revolução Industrial que estava surgindo naquele momento.

Assim no início da Revolução Industrial a Grã-Bretanha criou um sistema de interdependência de outras regiões do mundo com ela. Onde ela fornecia os produtos manufaturados e recebia as matérias-primas vindas de áreas subdesenvolvidas, principalmente colônias, criando um capitalismo difícil de ser sustentado. Seu principal rival, já então, eram os Estados Unidos, vindo a seguir a França, a Confederação Germânica e a Bélgica. Embora essas economias adiantadas fossem parceiras comerciais da Grã-Bretanha e no início de sua industrialização dependessem de maquinário e mão de obra inglesa, estes não abriam mão do protecionismo, começando pelos Estados Unidos em 1816 e a maioria dos demais países adiantados a partir da década de 1880. As exportações britânicas para o “mundo adiantado” continuou a ser grande, mas começou a dar mostras de estacionar ou declinar.

Após 1873 a situação do mundo “avançado” foi de rivalidade entre os países desenvolvidos; e, além disso, entre países com relação aos quais somente a Grã-Bretanha tinha interesse essencial em total liberdade de comércio. Nem os Estados Unidos, nem a Alemanha, nem a França dependiam em grau substancial de volumosas importações de alimentos e matérias-primas.

Assim todos os países adiantados com exceção, em parte, da pequena Bélgica, achavam-se retardados no tocante a industrialização, mas já se fazia claro que se estes países e outros continuassem a se industrializar, a vantagem britânica diminuiria inevitavelmente. E assim aconteceu. No início da década de 1890, tanto os Estados Unidos como a Alemanha ultrapassaram a Grã-Bretanha na produção da mercadoria crucial da industrialização – o aço. A partir de então, a Grã-Bretanha passou a integrar um grupo de potências industriais, mas deixou de ter a liderança da industrialização. Na verdade, entre as nações industrializadas era a mais lenta e aquela que revelava sinais mais óbvios de declínio relativo.

Com o aumento da participação de outros países no comercio internacional e a perda de fôlego da indústria britânica devido ao seu declínio técnico e científico a Grã-Bretanha deixou ao longo dos anos de ser o protagonista da economia mundial para ser apenas um dos seus coadjuvantes.


HOBSBAWM, Eric. Da Revolução Inglesa ao Imperialismo, Forense Universitaria, Rio de Janeiro.1969

sábado, 18 de maio de 2013

Revolução Industrial


Aula dia 13/05/2013

        Revolução Industrial


O sistema capitalista, enquanto forma específica de se ordenar as relações no campo socioeconômico, ganhou suas feições mais claras quando – durante o século XVI – as práticas mercantis se fixaram no mundo europeu. Dotadas de colônias espalhadas pelo mundo, principalmente em solo americano, essas nações acumulavam riquezas com a prática do comércio.
A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.
  • Pioneirismo Inglês 

Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor. Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras ), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.


  • Avanços da Tecnologia 

O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológicos nos transportes e máquinas. As máquinas a vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.

Locomotiva da época da Revolução Industrial


Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas a vapor (maria fumaça) e os trens a vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos.

  • A Fábrica

As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.


  • Reação dos trabalhadores 

Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo. Também conhecidos como "quebradores de máquinas", os ludistas invadiam fábricas e destruíam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com relação a vida dos empregados. O cartismo foi mais brando na forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando diversos direitos políticos para os trabalhadores.


  • Conclusão

A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana.

  • mapa conceitual da revolução industrial


referência: