quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Aula dia 16/07

1808 e seus significados.

O dia em que Portugal fugiu para o Brasil.
Lilia Moritz Schwarcz

"O dia em que Portugal fugiu para o Brasil", retrata a transferência de uma casa real européia, a bordo de 15 navios, para o continente americano.





 Muitos historiadores acreditam que eles já tinham uma ideia formada na cabeça em relação a vim para o Brasil, e que foi proposital, resumindo, para alguns historiadores já era algo tramado pelos europeus, no texto que mostraremos a seguir tem explicando melhor isto.
Porém em relatos do texto, vemos que eles já tinham essa ideia de vim para o Brasil, porém quando tudo ocorreu foi mera coincidência do momento, pois eles sabiam que a tropa de Napoleão já estava próxima. Eles fugiram deixando vários objetos para traz e tumultuados, pois a tropa de Napoleão já estava perto, e eles pretendiam salvar suas vidas.

"gravando ainda mais a situação, famílias de camponeses, assustadas com as notícias de que os franceses estariam se aproximando, haviam abandonado tudo – “o trigo nos celeiros, o milho um nas eiras, outro nas terras, a fruta nas árvores, a uva nas vinhas, os gados dispersos (...) e cheias de aflição se refugiaram na capital, onde se acham receando não terem com que subsistir. Mas neste caso o remédio é recorrer aos amigos; estes são os Santos, e mais que todos o Santo dos Santos, Jesus Cristo. (...)" 



A Única Saída
"Marieta Pinheiro de Carvalho"


Transplantar o rei de Portugal para o Brasil e fundar aqui um “poderoso império” foi um plano cogitado em momentos de instabilidade política do governo português. Pelo menos uma vez em cada século, desde o Descobrimento, tal hipótese foi imaginada.

No fim de 1807 o que se viu foi uma fuga, uma fuga em massa de nobres que se apinharam no porto em busca de lugares nas naus que rumariam para o Brasil. Vários erros ocorreram durante a pós viagem, pois muitos pertences de quem estava na embarcação ficaram para trás, pertences de que não estavam nos navios foram neles, parentes ficaram separados, perdidos.

No que é falado no texto  ("O dia em que Portugal fugiu para o Brasil") se ressalta aqui, aonde muitos historiadores do séc. XX não acreditavam que essa fuga foi algo improvisado...


"Mas a impressão de retirada covarde e atabalhoada não se justifica. Historiadores do século XX demonstram que a transferência da Corte não foi nada improvisada. (...)"

E então, improvisada ou não?
Isto fica a critério do discernimento que cada um terá em relação a essa parte do 1808.



 Em solo baiano
 "Eduardo Borges"


Neste texto na revista de história mostra, a chegada dos portugueses ao Brasil, na cidade de Salvador, sua trajetória era para o Rio de Janeiro porém foi desviado...


"Em 9 de janeiro, uma forte tempestade fez a armada se dispersar, e embora algumas naus lograssem chegar à costa fluminense, a que levava o príncipe aportou na mesma região brasileira onde Pedro Álvares Cabral dera início à colonização, 308 anos antes: a Bahia. Mais precisamente sua capital, São Salvador da Bahia de Todos os Santos. (..)" 




O outro lado de 1808
     Guilherme Martins Costa e Marina Lemle


           Rio de Janeiro em 1808, as condições urbanas da cidade e de vida da sua população eram extremamente precárias, e com o aumento repentino das demandas, as carências ficaram mais evidentes: faltava água, comida e moradia.

          Não havia sistema de esgotos. Os restos da casa, do banheiro à cozinha, eram jogados na praia para que as marés lavassem, e tudo era transportado em tonéis em ombros escravos. As ruas eram escuras e perigosas. A água potável era escassa e o abastecimento de alimentos era deficitário, principalmente o de carnes, cujo consumo era um luxo só presente em poucas ocasiões festivas no ano.

          Com a vinda da corte, houve um rápido aumento de escravos, antes eram 9.602 cativos para 18.677. Os negros eram cerca de 3/4 da população. O que fez com que as ruas do Rio de Janeiro ficassem cheia de negros, escravos ou livres.

          Os escravos nessa época se alimentavam basicamente de farinha, feijão e charque, que eram os alimentos que seus senhores disponibilizava para os seus escravos. “Para eles (os escravos) a refeição era um ritual, e este separava homens e mulheres, que comiam alimentos diferentes.

          Nas ruas, em tendas armadas com ponto fixo em esquinas e praças, negras autorizadas pelo governo vendiam quitutes e refrescos, e outras especiarias.


Debret - Negra vendedora de caju.


            Muitos escravos trabalhavam na alfândega, carregavam produtos ou os seus senhores, vendiam quitutes, produziam e consertavam sapatos, trabalhavam em pedrarias e fábricas ou ainda exerciam atividades especializadas, como carpinteiros, metalúrgicos, barbeiros-cirurgiões.




Debret - Escravos carregadores.

           Muitos escravos não moravam nas residências dos seus senhores, mas em casas próximas ao centro da cidade, quartos alugados ou sublocados, cortiços e até mesmo quilombos. “Isso permitia que refizessem seus laços de afeto e familiares que haviam sido dissipados pelo escravismo.

          A vida para os escravos era muito difícil, pois muitos eram proibidos pela polícia de realizar jogos.

          A igreja "Católica" tinha muita influência e poder sobre as pessoas nessa época, pois a igreja obrigava as pessoas a seguirem essa religião, se não seguisse era decretada a prisão, e se seguissem outra religião, teria que fazer escondido. E todos teriam que se confessar ao menos uma vez por ano, se não o fizessem, o nome da pessoa era escrito em uma lista negra e podia ser preso. Mesmo com toda essa repressão religiosa os curandeiros não deixavam de praticar as sua atividades, pois ajudavam muito, as pessoas com um rendimento salarial baixo, pois as mesmas não tinham condições de pagar médicos.

           O conhecimento e a prática dos curadeiros eram formalmente desvalorizados, porém a população acreditavam nos seus curadeiros.



fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/o-dia-em-que-portugal-fugiu-para-o-brasil
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/a-unica-saida
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/em-solo-baiano
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/reportagem/o-outro-lado-de-1808





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